Longe de reivindicar o conceito teórico, então, a história da a faculdade mostra que

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em diferentes épocas e lugares, tanto o conceito teórico quanto o prático
têm sido a visão dominante. O debate atual no discurso público sobre se a
educação e a pesquisa universitária deveriam ser orientadas mais para a prática
é apenas mais uma oscilação de um pêndulo que foi acionado logo após o
surgimento das primeiras faculdades, pois o debate é quase tão antigo quanto a
faculdade como instituição.
Há, portanto, razão para ser cético em relação a afirmações como a feita pelo
historiador Willem Frijhoff de que “a faculdade tem constantemente assimilado
as mudanças de forma e função exigidas por seus grupos de usuários na
sociedade, mas preservou seu sentimento de identidade ininterrupto’, se esse
sentimento de identidade for estreitamente concebido ao longo do conceito
teórico de faculdade. Mas ter uma visão mais ampla desse sentimento
ininterrupto de identidade problematiza o status do conceito teórico como a
posição padrão. Não podemos assumir que a história da faculdade revela a pura
busca do conhecimento sem considerar a aplicação como função essencial da
faculdade.
Inconsistências e ilusões – O segundo argumento dos defensores do conceito
teórico é que as atividades características desse tipo de faculdade – a produção
de conhecimento e obras culturais por si mesmas – são intrinsecamente
valiosas. Como mencionado, Collini, Brewer e outros que defendem o conceito
teórico invocam o valor intrínseco do estudo teórico – de atividades que visam
exclusivamente a produção, preservação e transmissão do conhecimento, sem
preocupação com a aplicação prática.